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Dono da Delta morto por coronavírus teria implorado por cloroquina; ouça o áudio



Fonte do OitoMeia diz que foi um familiar bem próximo que espalhou o áudio com a voz do empresário, antes de ser entubado, pedindo pela medicação
Paula Sampaio - 31 de março de 2020 às 16:06

O empresário Oderman Bittencourt, dono da Leites Delta, uma das maiores empresas laticínios do estado, teria implorado para fazer o uso de cloroquina, momentos antes de morrer vítima de coronavírus. É o que conta em um suposto áudio atribuído a ele, que se espalhou via redes sociais.

No áudio, a voz aparece com dificuldade para respirar e praticamente implorando para utilizar o medicamento cloroquina. Demonstra uma certa revolta porque precisaria esperar até que o exame confirmasse “positivo” para coronavirus para que começasse a usar a medicação, conforme orienta o protocolo do Ministério da Saúde.


Uma fonte do OitoMeia e pessoas bem próximas a Oderman garantem que a voz é mesmo dele e que foi um familiar bem próximo quem teria espalhado o áudio. A reportagem entrou em contato com a SESAPI (Secretaria Estadual de Saúde), que inicialmente informou que seria fake, mas depois confirmou que a voz pode mesmo ser do empresário. Ele teria enviado a alguém antes de ser entubado.

Uma nota deve ser enviada pela SESAPI ainda nesta terça-feira (31/03) sobre o assunto. O suposto áudio atribuído ao empresário se espalhou por alguns grupos de Whatsapp. A reportagem do OitoMeia tentou contato com familiares, com assessoria e com pessoas que trabalham na empresa Leites Delta, em Parnaíba (cidade onde morava Oderman), mas ninguém quis se pronunciar até o fechamento da matéria.
Empresário Oderman era o dono da Delta e morreu vítima do coronavírus (Foto: Reprodução)

Ouça o áudio que foi atribuído ao empresário:Tocador de áudio

Cloroquina (e hidroxicloroquina) é um medicamento antimalária que tem sido utilizado para tratar alguns pacientes com Covid-19. Tem sido amplamente defendido pelo presidente, Jair Bolsonaro como a “cura” para a doença. No entanto, a falta de estudos com resultados mais contundentes sobre os benefícios da droga, faz com que a decisão divida especialistas. Comumente usadas no tratamento de malária e doenças autoimunes, como lúpus, tem dado certo em alguns casos contra o covid-19. Contudo, a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que o protocolo impõe outras experiências para conceder aval definitivo ao par de drogas. A coordenadora de ciência, tecnologia e inovação da Sociedade Brasileira de Cardiologia divulgou uma nota informando que essas medicações devem ser tomadas com controle, por conta dos efeitos colaterais, como arritmia e problemas visuais.



Oitoemeia

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