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Comida que matou os moradores da rua em Itapevi, contando com a presença da polícia




A Polícia Civil afirmou que encontrou indícios de envenenamento por comida de marmitas que foram entregues a moradores de rua em Itapevi, na Grande São Paulo, no último dia 22. Dois homens que viviam em situação de rua que morreram depois de comer como quentinhas entregues por uma pastora evangélica.

O delegado Aloysio Ribeiro de Mendonça Neto, titular da delegacia da Polícia Civil de Itapevi, afirmou que a perícia concluiu os laudos tóxicos nesta quarta-feira (29), e que foram encontrados traços de “chumbinho”, como é popularmente chamado um veneno contra rato.

Como marmitas foram consumidas por Vagner Aparecido Gouveia de Oliveira , 37 anos, e José Luiz de Araújo Conceição, 61, morto com sinais de intoxicação. Um cachorro, que pertencia a um dos moradores da rua, também morreu. Os dois e outros moradores da rua recebem os alimentos no posto de acessórios desativados, no bairro Jardim Santa Rita.

"Só vou falar isso: os elogios positivos para 'chumbinho' nas marmitas e no estômago do cachorro", afirmou Mendonça Neto ao  jornal Agora

Além dos dois moradores da rua, um menino de 11 anos e uma jovem, de 17, Passou e precisou ser internado após consumir uma das marmitas.

A jovem era namorada de Flavio de Araújo, 42 anos, um comerciante que pegou uma das quentinhas contaminadas. Ela teve alta médica no domingo (26). Já tem 11 anos e é filho de Araújo e permanece internado, sem previsão de alta.

Os dois moradores da rua foram enterrados na semana passada, no Cemitério Municipal de Itapevi.

A polícia tenta agora esclarecer se a comida foi envenenada no posto ou no momento da preparação. A polícia irá analisar outras imagens de câmeras de monitoramento nas estações de monitoramento onde as marmitas foram entregues.

O caso, que foi registrado como "morte suspeita", passa a ser investigado como "homicídio doloso", quando há intenção de matar.

PASTORA NEGA CONTAMINAÇÃO E DIZ QUE FAMÍLIA TAMBÉM COMEU

Uma pastora de 51 anos que prepara comida servida Garante que ela e seus familiares também se alimenta das mesmas marmitas , contaminadas supostamente e não são encontradas mal. Agda Lopes Casimiro disse que procurou a polícia assim que soube das mortes.

Na terça-feira, Agda diz ter preparado arroz, feijão, repolho e salsicha, por volta das 18h, e feito como marmitas. Uma comida foi entregue cerca de quatro horas e imagens de uma câmera de monitoramento Mostrar o momento em que a Agda para seu carro no posto e, acompanha o marido, distribui o alimento para desabrigados.

"Meu depósito e eu comemos dela [marmita]. Incluso, congelamos parte da comida que nos preparamos e vamos entregar para a polícia [analisar]", explicou.

Há mais de dez anos na região de Cotia (Grande SP), a partir de início de 2020, entrega marmita para pessoas em situação de rua em Itapevi.

Ela disse ainda ter pensado em ser uma notícia falsa à morte dos moradores de rua, até que viu o caso na televisão e percebeu "que era sério". "Fui para uma delegacia umas 19h [de quarta, 22] e expliquei tudo."

Segundo Agda, alguns pedaços de carne foram apresentados à polícia, mas ela afirma que a marmita feita por ela é continha salsicha.

«COMIDA ESTAVA QUENTINHA», DIZ PAI DO MENINO

O vendedor de 42 anos contou que sua namorada, de 17 anos, veio uma marmita inteira e seu filho, de 11 anos, veio mais da metade de outra. Ele ainda disse que só vem um salsicha. "A comida tava quentinha, lá ninguém resistiu. Mas, depois de 15 minutos, meu filho me procurou, já passando mal."

A criança desmaiou no banheiro de casa, onde foram tomadas convulsões, segundo Araújo. Ele e a namorada levaram o garoto ao pronto-socorro central de Itapevi.

Quando acompanha o filho, a namorada de Araújo também começa a passar mal e foi socorrida. "Os médicos falaram que os dois estavam com sinais de envenenamento por chumbinho [veneno de rato]. Mas eu, que também comi pela marmita, não senti nada", explicou.



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