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Prefeito e vice são presos pela PF por suspeita de lavagem de dinheiro

As suspeitas são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a terceira fase da Operação Pescaria, para desarticular uma organização criminosa especializada no desvio de recursos públicos na Prefeitura de Agrestina, no Agreste de Pernambuco. O prefeito do município, Thiago Nunes (MDB), e o seu vice, José Pedro da Silva, conhecido como Zito da Barra (PSDB), foram presos na operação.

Thiago e Zito já tinham sido afastados dos cargos quando o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) cassou a chapa por abuso de poder político decorrente de contratações ilícitas realizadas. No entanto, os gestores municipais voltaram para a prefeitura em julho passado, após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Thiago já estava no segundo mandato e não poderia concorrer à reeleição no pleito deste ano.

Além do prefeito e do vice, foram presos dois empresários e um funcionário da prefeitura, todos suspeitos de participação no esquema criminoso. Os nomes não foram revelados pela polícia. Ainda foram cumpridos treze mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais. De acordo com a PF, R$ 110 mil em espécie foram encontrados no cofre na casa de um dos suspeitos, além de R$ 100 mil em cheques.

Também foram cumpridos mandados de afastamento de funções públicas dos ocupantes de cargos na administração municipal de Agrestina, mandados de afastamento de sigilos bancário e fiscal dos investigados, todos expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região. As investigações contam com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU).

Resposta

A reportagem procurou a assessoria de comunicação da Prefeitura de Agrestina e aguarda o envio de um posicionamento sobre a prisão do prefeito e do vice-prefeito.

Licitações

Segundo a PF, as vantagens ilícitas eram obtidas por meio da contratação fraudulenta de empresa de "fachada", com recursos federais, impedindo o caráter competitivo do processo licitatório. Assim, os contratos eram executados por meio de terceiros desqualificados.

A lavagem dos lucros ilícitos seria realizada por meio da utilização de conta bancária de um "laranja" vinculado ao grupo. Ainda segundo a PF, esta conta bancária servia aos investigados para o recebimento de transferências bancárias e depósitos em espécie, sendo a maioria em valores baixos e sem a identificação. Também eram utilizados cheques assinados em branco, tudo com o propósito de dificultar a identificação da origem do dinheiro.

Os crimes investigados na atual fase da operação são de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A ação contou com o emprego de 70 policiais federais, além de servidores da CGU.



JC.ne

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