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Felipe Seixas é representado pelo criminalista mais caro do Piauí



Ao se entregar à polícia na sexta-feira 3 de dezembro, o matador confesso do então prefeito de Madeiro do Piauí, Felipe Anderson Seixas de Araújo, revelou que matou por vingança. Ele disse que o prefeito Zé Filho tinha demitido a ele e ao seu pai, que era secretário de Transportes da prefeitura. Além do mais, teria espalhado histórias de que o pai tinha sido flagrado desviando recursos da mencionada secretaria.


>>> Acima, prefeito Zé Filho, assassinado em 28 de novembro; em seguida, imagens da prisão de Felipe Seixas, seu executor

Segundo Felipe Seixas, por causa da demissão ele e o pai começaram a enfrentar sérias dificuldades financeiras e para sobreviver tiveram que montar um bar em Madeiro do Piauí. Mesmo assim a renda ainda era insuficiente para manter a família. Logo em seguida, o pai de Felipe Seixas, que era primo do prefeito assassinado, contraiu Covid e veio a falecer. Ele atribui a morte ao prefeito Zé Filho porque, na sua lógica, se não tivesse sido demitido da prefeitura o pai não teria montado o estabelecimento e com isso não teria se exposto ao contágio da doença.

PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO

A polícia, no entanto, tem motivo de sobra para acreditar que Felipe Seixas, que era primo e afilhado do prefeito que matou, não está contando a verdade por inteiro. Ele estaria omitindo detalhes importantes sobre o planejamento e a execução do crime. Para começo de conversa, ele disse à Polícia Civil, em depoimento, que estaria passando privações junto com o pai. Ao mesmo tempo se apresenta às autoridades acompanhado de um dos advogados criminalistas mais caros do estado. No caso, o advogado Nazareno Weimar Thé, que tem honorários iniciais estimados em R$ 50 mil a R$ 100 mil.

“Como é que alguém que está passando necessidade pode contar com os serviços de um dos criminalistas mais caros do Piauí?”, comentou um experiente policial com quem conversamos na noite de sexta-feira. Ele nos relatou ainda que Seixas não estava escondido em matagal no estado vizinho do Maranhão. Ele estava numa casa do bairro Dirceu Arcoverde, em Teresina, devidamente monitorado pelas autoridades policiais. “Se ele não tivesse se entregado, nós o teríamos preso nas próximas horas.

>>> Logo depois do crime, Seixas empreendeu fuga para o Maranhão; depois retornou ao Piauí para se entregar

PRISÃO CAUTELAR

O policial nos relatou também que ele está preso cautelarmente. “Aqui nós investigamos para prender, e não prendemos para investigar. Ele seria preso de qualquer jeito nas próximas horas. O elemento em questão não foi preso em flagrante delito, mas está preso cautelarmente. Esclarecimento necessário: esse indivíduo que matou o prefeito de Madeiro do Piauí, premeditou o crime, isso está bem materializado nos autos do inquérito policial presidido pelo delegado Bruno Ursulino”, afirmou.

 

Ponderou ainda nossa fonte que , “com certeza irá ao Tribunal Popular do Júri e pagará pelo crime que cometeu. Ficaremos atentos com manobras não jurídicas em relação à instrução processual e os jurados, pois não aceitaremos impunidade.” Esse mesmo policial nos contou ainda que em crimes anteriores envolvendo prefeitos como vítimas alguns mandantes ficaram impunes por conta de manobras não jurídicas. Elementos fantasiados de advogados passaram a visitar os jurados. Em cidade pequena todo mundo se conhece. E passaram a fazer pressão sobre os mesmos, de modo a obterem resultados que contradisseram a determinação da lei para crimes de homicídio.

>>> Nazareno Thé, criminalista que é considerado um dos mais caros do Piauí: na defesa de Seixas

APRESENTAÇÃO NEGOCIADA

Caso notório ocorrido na região, em 1997, foi o assassinato do então prefeito de Luzilândia, Raimundo Marques. Na época, foi acusado o então prefeito de Madeiro do Piauí, médico Antonio Lisboa. Ele foi acusado de contratar pistoleiros para assassinar Marques. No entanto, foi absolvido pelo Tribunal do Júri. Em seguida, o Tribunal de Justiça do Piauí confirmou sua absolvição. Lisboa foi defendido por Nazareno Thé, o mesmo que agora patrocina a defesa de Felipe Seixas. A propósito, ao ser preso, Seixas se recusou a falar com a imprensa, devidamente orientado pela defesa. Foi Nazareno Thé, igualmente, quem negociou os termos da apresentação de Seixas. (Toni Rodrigues).



FONTE: TR NOTÍCIA

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