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Igrejas evangélicas realizam blocos contra as “trevas do Carnaval”

Fiéis e pastores colocam o bloco de Deus na rua, mas estratégia divide opiniões entre as denominações



Igrejas realizam blocos evangélicos durante o Carnaval para ‘lutar contra as trevas’ da maior festa popular do Brasil.

Em 2006, a igreja evangélica Bola de Neve lançou a sua bateria, a Batucada Abençoada. Antes de ser criado o bloco, os fiéis se reuniam em acampamentos cristãos durante o Carnaval. “Mas a retirada da igreja entregava a cidade para toda sorte de malignidades que acontece durante o período”, disse o pastor Eric Vianna à Folha de São Paulo.

“Jesus nos diz que somos a luz do mundo, e não existe melhor momento de brilhar a luz do que nas trevas de Carnaval”, acrescentou.

Segundo o pastor, o fuzuê momesco é impulsionado por “muitas pessoas que vivem suas vidas como se não houvesse amanhã e extrapolam seus limites como se fosse o último dia de suas vidas”.

“A intenção da Batucada Abençoada é mostrar que existe uma opção para isso”, disse. “Mostrar que é possível se divertir e se alegrar sem a necessidade de aditivos como bebidas alcoólicas ou drogas, e sem as consequências que perduram até mesmo pelo resto da vida.”

A Bola de Neve é uma exceção. A maioria das igrejas vê com maus olhos a incorporação da religiosidade evangélica as festividades dessa época do ano.

Um artigo do pastor e conferencista Renato Vargens no Pleno News, portal conservador acompanhado por crentes, resume bem o repúdio à ideia de colocar Deus no meio da festa pagã.

“Com o intuito de pregar o Evangelho no Carnaval, evangélicos de denominações diferentes criaram blocos e até mesmo escolas de samba cujo objetivo final é pregar aos foliões”, diz o artigo. “O que me preocupa efetivamente não é o desejo de evangelizar, tampouco a vontade de pregar as Boas Novas da Salvação Eterna aos que se perdem, e sim a forma escolhida para o desenvolvimento dessa missão”

Do DCM

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